EDUCAÇÃO MULTIDISCIPLINAR

Defendemos uma política educacional multidisciplinar integrando os conhecimentos científico, artístico, desportivo e técnico-profissional, capaz de identificar habilidade, talento, potencial e vocação. A Educação é uma bússola que orienta o caminho, minimiza dúvidas, reduz preocupações e fortalece a capacidade de conquistar oportunidades e autonomia, exercer cidadania e civismo e propiciar convivência social com qualidade, dignidade e segurança. O sucesso depende da autoridade da direção, do valor dado ao professor, do comprometimento da comunidade escolar e das condições oferecidas pelos gestores.

segunda-feira, 10 de março de 2014

ESCUELAS DE TIEMPO COMPLETO


ZERO HORA 10 de março de 2014 | N° 17728

ARTIGOS

JULIANA BRIZOLA

Muitos argumentam e defendem teses sobre a educação pública em nosso país. Poucos radicalizam sobre o essencial: educação é prioridade. Nos países desenvolvidos, como Finlândia, Coreia do Sul e Irlanda, para citar alguns, os estudantes passam em média nove horas na escola. Aqui, o tempo de permanência na escola pública não supera cinco horas diárias. No Uruguai, seguindo o modelo criado por Leonel Brizola e Darcy Ribeiro, o presidente Pepe Mujica adotou a proposta pedagógica denominada Escuelas de Tiempo Completo. Lá, o modelo foi implantado buscando reduzir as disparidades sociais. O projeto, iniciado em 2005, em cinco anos avançou em 14% das escolas de educação básica.

Enquanto nosso vizinho investe na educação pública enfrentando os desafios do século 21 e “asumiendo el desafío de avanzar em una educación inclusiva y de calidad para todos”, conforme as orientações de políticas educacionais do Conselho de Educação Inicial e Primária da Administração Nacional de Educação Pública, aqui patinamos em propostas e contrapropostas. O projeto inclusivo da Escola de Tempo Integral idealizado por Brizola e Darcy, há mais de três décadas, responde às expectativas sociais. E não avançou porque, ao contrário dos valentes uruguaios, projetos de igualdade social nunca foram nossa prioridade.

Embora a realidade apresentada, acredito que é através do compromisso que conseguimos avançar. Assim, depois da aprovação constitucional pela Assembleia Legislativa, em 2011, que torna a educação de tempo integral uma obrigação do Estado, abri duas frentes de trabalho: uma, para auxiliar os agentes públicos nessa tarefa que, conforme a lei regulamentadora, prevê a implantação do sistema integral em até 10 anos para 50% dos escolares gaúchos, com adaptação física das escolas, dos currículos e também a preparação dos professores; a outra, através da comissão especial direcionada ao estudo do projeto original com as necessidades de atualizações e de um diagnóstico de outros países, com nossa proposta.

Todo esse trabalho servirá de fio condutor com a história que se iniciou em 1961, quando no Ano da Escolarização foram construídas 6 mil escolas, erradicando o analfabetismo e transformando o Estado gaúcho em modelo nacional de educação. Se a educação é mesmo prioridade e não somente discurso de campanhas políticas, temos que radicalizar!


COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - Uma grande ideia de difícil aplicação no Brasil por falta vontade politica em investir na estrutura e nos educadores, e pela ingerência do "politicamente correto" que impede a a disciplina e o civismo na formação dos alunos. Nas escolas, defendo um ensino multidisciplinar envolvendo os conhecimentos científico, artístico, desportivo e técnico para identificar talentos, desenvolver potencial e promover uma cultura  de respeito e de disciplina para uma melhor qualidade de vida, relação social proativa e sobrevivência no mercado de trabalho

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