EDUCAÇÃO MULTIDISCIPLINAR

Defendemos uma política educacional multidisciplinar integrando os conhecimentos científico, artístico, desportivo e técnico-profissional, capaz de identificar habilidade, talento, potencial e vocação. A Educação é uma bússola que orienta o caminho, minimiza dúvidas, reduz preocupações e fortalece a capacidade de conquistar oportunidades e autonomia, exercer cidadania e civismo e propiciar convivência social com qualidade, dignidade e segurança. O sucesso depende da autoridade da direção, do valor dado ao professor, do comprometimento da comunidade escolar e das condições oferecidas pelos gestores.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

MINISTRO REPROVADO

EDITORIAL CORREIO DO POVO 20/01/2012


Se houvesse uma aferição para ministro, quem sabe um Exame Nacional de Experimentação de Ministros (Enem), possivelmente o da Educação (MEC), Fernando Haddad, estaria reprovado. São tantas as trapalhadas que vêm ocorrendo no verdadeiro exame, o real, o Exame Nacional de Ensino Médio (Enem), que fica difícil de entender como uma estrutura montada para submeter milhões de alunos a uma jornada de testes, com muitos sacrifícios, tanto individuais como familiares, não tenha a eficiência e a organização necessárias.

São incontáveis os problemas registrados em todas as edições do Enem. Vazamento de provas, informações erradas para os candidatos, questões mal elaboradas são apenas alguns deles, tudo isso aliado ao desrespeito com os milhões de inscritos na prova, que ficam reféns de barbaridades de um órgão que tem o encargo de melhorar a educação, mas que, infelizmente, tem se mostrado incapaz de cumprir essa tarefa.

Para piorar o quadro, repercutiu como grande chantagem a afirmação do ministro Haddad de que a decisão judicial que obriga o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) a dar vistas das provas a todos os alunos poderá impedir que haja duas edições do Enem neste ano, como está previsto. O Judiciário, a pedido do Ministério Público, nada mais fez do que dar efetividade à Constituição, que determina que os atos emanados do poder público devem ser públicos e transparentes.

O ministro Haddad, mais uma vez, tenta transferir para outros responsabilidades que são suas. Na sua condição, deve observar as leis e preparar-se de antemão para cumpri-las. O seu caso é ilustrativo do amadorismo com que tem sido gerenciada a educação no país. Nunca o poema de Gregório de Matos foi tão atual: "A cada canto um grande conselheiro,/ Que nos quer governar cabana e vinha,/ Não sabem governar sua cozinha,/ E podem governar o mundo inteiro".

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