EDUCAÇÃO MULTIDISCIPLINAR

Defendemos uma política educacional multidisciplinar integrando os conhecimentos científico, artístico, desportivo e técnico-profissional, capaz de identificar habilidade, talento, potencial e vocação. A Educação é uma bússola que orienta o caminho, minimiza dúvidas, reduz preocupações e fortalece a capacidade de conquistar oportunidades e autonomia, exercer cidadania e civismo e propiciar convivência social com qualidade, dignidade e segurança. O sucesso depende da autoridade da direção, do valor dado ao professor, do comprometimento da comunidade escolar e das condições oferecidas pelos gestores.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

EM BUSCA DE UMA EDUCAÇÃO IGUALITÁRIA

Deivison Ávila - JORNAL DO COMÉRCIO, 25/01/2012

Integrado ao Fórum Social Temático, evento começou ontem no Campus Centro da Ufrgs
Centenas de educadores e ativistas de diversos cantos do País e do mundo participaram ontem pela manhã da abertura do Fórum Mundial da Educação (FME), evento que faz parte da programação do Fórum Social Temático (FST) 2012. Em pauta, a crise do capitalismo e suas causas, impactos e consequências para o mundo da educação. O debate que discute o futuro da educação frente à crise econômica se estende até a próxima sexta-feira e está sendo realizado no Campus Centro da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs).

O presidente da Central Única dos Trabalhadores do Rio Grande do Sul (CUT/RS), Celso Woyciechowski, destacou a importância da construção coletiva de um pensamento a partir da individualidade de cada participante na busca de um mundo melhor, com mais educação e planejamento ambiental. O vice-reitor da Ufrgs, Rui Oppermann, seguiu a mesma linha de pensamento, enaltecendo a construção de um debate plural em um espaço público e democrático como uma universidade federal. “Abrigar o FME faz parte do nosso DNA”, diz Oppermann.

O economista e doutor em Educação Sérgio Haddad, membro da coordenação do Fórum Social Mundial (FSM), acredita que este é o momento central para a reflexão sobre o papel do educador frente à crise que atinge alguns países desenvolvidos. “Há 11 anos, a sociedade civil vem se mobilizando na busca constante por um mundo mais digno e com uma educação igualitária para todos”, recorda Haddad. Ele ressalta ainda que países emergentes como Brasil, África do Sul, China e Índia devem debater soluções para minimizar os impactos dessa crise, que, em algum momento, deverá atingi-los.

Haddad reforça o pensamento de que a crise não é apenas econômica, mas também - e principalmente - social. “O aumento do número de pessoas pobres, em paralelo ao crescimento de bilionários, aponta um modelo de consumo e produção que precisa ser revisto”, avalia o economista. Segundo ele, uma mudança conceitual, na qual as pessoas “sejam reconhecidas pelo que elas representam, e não apenas pelo que elas possuem” deve ser revista imediatamente.

Para Haddad, o educador deve buscar, em conjunto com outros atores educacionais, o seu papel diante do atual cenário mundial. “Devemos encontrar um modelo ou uma forma integrada de ação entre o ser humano e a natureza. Nós devemos buscar alternativas para tentar superar essa crise civilizatória. Não podemos continuar fazendo o mesmo”, sinaliza.

Os debates propostos pelo FME devem encaminhar algumas soluções que serão apresentadas na Rio+20, conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (UNCSD), que irá ocorrer de 20 a 22 de junho deste ano, no Rio de Janeiro.

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