EDUCAÇÃO MULTIDISCIPLINAR

Defendemos uma política educacional multidisciplinar integrando os conhecimentos científico, artístico, desportivo e técnico-profissional, capaz de identificar habilidade, talento, potencial e vocação. A Educação é uma bússola que orienta o caminho, minimiza dúvidas, reduz preocupações e fortalece a capacidade de conquistar oportunidades e autonomia, exercer cidadania e civismo e propiciar convivência social com qualidade, dignidade e segurança. O sucesso depende da autoridade da direção, do valor dado ao professor, do comprometimento da comunidade escolar e das condições oferecidas pelos gestores.

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

PELO TELEFONE



ZERO HORA 06 de janeiro de 2015 | N° 18034


LEANDRO FONTOURA




O PDT do Rio Grande do Sul sustenta o discurso de que é o partido da educação com base em dois números, repetidos como mantras: 6.302 escolas foram construídas no governo Leonel Brizola, no início da década de 1960, e 94 Cieps (instituições de tempo integral) foram entregues por Alceu Collares, no princípio dos anos 90.

A insistência da sigla nas duas contagens poderia levar alguém a acreditar que basta ampliar o número de colégios e o tempo de permanência dos estudantes dentro deles para que os problemas da educação sejam resolvidos. Os pedetistas iriam discordar da conclusão, mas o fato é que os partidos parecem distantes do debate de ponta sobre políticas para o setor.

Durante a disputa eleitoral, sobraram declarações genéricas, como “é preciso investir mais em educação”, e faltaram propostas concretas para melhorar os índices de aprendizagem dos alunos. A introdução de programas de avaliação de resultados e de premiação para escolas com melhor desempenho, por exemplo, passaram longe da campanha. Nenhum candidato levantou a discussão, ainda que Estados que adotaram essas políticas apresentem êxitos, como melhora no ranking do Ideb.

Minas, São Paulo e Pernambuco implantaram sistemas de metas para escolas e pagam remuneração extra aos professores de acordo com resultados. Os adversários da meritocracia afirmam que o sistema é injusto por criar competição entre colégios de realidades sociais diferentes. Para resolver esse tipo de problema, os defensores dizem que é possível construir soluções, como comparar a escola com ela mesma e premiar a evolução. Independentemente das discordâncias, o que não se pode é fingir que o debate não existe e desconsiderar que precisamos criar políticas inovadoras.

Em setembro, o então candidato do PDT ao Piratini, Vieira da Cunha, foi questionado por ZH sobre os resultados alcançados pelo partido na última vez em que foi responsável pela área da educação no Estado, com José Fortunati à frente da secretaria no governo Germano Rigotto (2003-2006). “Fortunati foi um excelente secretário, reconhecido com premiações. Diante das condições que teve, fez um bom trabalho”, respondeu Vieira. Ante a persistência do repórter em saber mais, afirmou: “Ele recebeu prêmios por indicadores muito positivos. Não tenho detalhes, mas posso ligar para ele e perguntar. Houve avanços”.

Agora, como secretário da Educação de José Ivo Sartori, Vieira terá de fazer mais do que telefonar para Fortunati.


Jornalista, editor de Notícias de Zero Hora

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