EDUCAÇÃO MULTIDISCIPLINAR

Defendemos uma política educacional multidisciplinar integrando os conhecimentos científico, artístico, desportivo e técnico-profissional, capaz de identificar habilidade, talento, potencial e vocação. A Educação é uma bússola que orienta o caminho, minimiza dúvidas, reduz preocupações e fortalece a capacidade de conquistar oportunidades e autonomia, exercer cidadania e civismo e propiciar convivência social com qualidade, dignidade e segurança. O sucesso depende da autoridade da direção, do valor dado ao professor, do comprometimento da comunidade escolar e das condições oferecidas pelos gestores.

terça-feira, 1 de abril de 2014

PROFESSOR VALORIZADO É ESTRATÉGIA DE EDUCAÇÃO


ZERO HORA 01 de abril de 2014 | N° 17750


HELOISA ARUTH STURM


FOCO NA SOLUÇÃO

Em evento na Capital, especialistas propuseram caminhos para assegurar desenvolvimento do ensino



Melhoria na educação passa necessariamente pela valorização do professor. Essa foi a principal bandeira levantada pelos especialistas que participaram ontem do 1º Fórum Educação que Dá Certo, evento em que foram discutidos caminhos e propostas para melhorar o ensino básico no Brasil.

– É preciso priorizar a carreira do magistério. Um país não tem futuro se os nossos jovens não tornarem essa carreira um objeto de desejo – afirmou Mozart Neves Ramos, diretor de Articulação e Inovação do Instituto Ayrton Senna, durante o evento que reuniu cerca de 2 mil pessoas no Teatro do Sesi/Fiergs, em Porto Alegre.

Ramos sugeriu maior aproximação da universidade com a escola pública, para que a educação básica seja não só importante, mas uma prioridade.

Segundo Priscila Fonseca da Cruz, diretora-executiva do Todos Pela Educação, embora o país tenha avançado no Ensino Fundamental I (do 1º ao 5º ano), há uma crise no Fundamental II (6º ao 9º ano) e no Médio. Como solução, ela sugere políticas mais efetivas que trabalhem com a formação de professor, educação integral, definição de uma base comum de conteúdo em todo o Brasil e mais transparência na gestão das escolas.

Cláudia Costin, secretária municipal de Educação do Rio de Janeiro, citou os novos desafios dos professores no século 21 e ressaltou a experiência da Educopédia, plataforma de conteúdo colaborativo desenvolvida por professores cariocas que disponibiliza aulas online e material didático gratuitamente na internet.

Os especialistas ainda destacaram a importância da família e da sociedade na melhoria do ensino, valorizando o conhecimento, a aprendizagem e o professor, cuidando para que os estudantes tenham expectativas em relação ao futuro, e ampliando o repertório cultural e esportivo dos jovens.

Os professores também foram protagonistas no evento, compartilhando experiências bem-sucedidas na rede de ensino – entre elas, o projeto Viagens Literárias, vencedor da primeira edição do Prêmio RBS de Educação na categoria Escola Pública. Desenvolvido pela professora Maria Alice Gouvêa Campesato, o plano buscou estimular a leitura nos estudantes de uma escola municipal de Porto Alegre.

O evento é uma iniciativa da Fundação Maurício Sirotsky Sobrinho (FMSS), do Grupo RBS e do Programa Gaúcho da Qualidade e Produtividade (PGQP).


DEZ SUGESTÕES PARA MELHORAR O ENSINO

- Capacitação e valorização do professor
- Ampliação da oferta de educação integral
- Definição de um currículo nacional comum, deixando espaço também às particularidades regionais
- Investimento na educação profissionalizante para aumentar a produtividade do país
- Dar mais ênfase às habilidades não cognitivas, as chamadas capacidades socioemocionais
- Utilização dos resultados de avaliações (Pisa, Ideb e Enem, por exemplo) como instrumento de feedback para promover a melhoria do ensino nas escolas, e não apenas para ranking
- Organização focada na aprendizagem do aluno: conhecer o perfil dos estudantes e colocá-los como protagonistas do processo
- Profissionalização da gestão escolar, com plano político pedagógico e planejamento estratégico bem definidos
- Repensar a dinâmica da sala de aula, para que não se tenha mais esse distanciamento entre escola do século 19, professor do século 20 e aluno do século 21
- Envolvimento dos alunos em projetos extraclasse, como voluntariado, oficinas de teatro e dança, empreendedorismo, clubes de leitura, trabalhando questões de identidade e autoestima

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