EDITORIAL
Dois colégios têm história em Porto Alegre, não apenas os seus prédios, ainda que construídos nas décadas de 1920 e 1940, respectivamente o Instituto Porto Alegre (IPA) e o Colégio Americano. Ambos formaram e continuam formando gerações de alunos e alunas orientados para a vida, para a família e, para quem quiser seguir, também para a religião. Por um descuido, quase foi a leilão o prédio do Colégio Americano. Hoje, ambos têm faculdades e fazem parte da história e da paisagem da Capital. Por isso, pelo histórico do ensino privado e também público, com o Júlio de Castilhos, o Instituto de Educação, o Protásio Alves e o antigo Fernando Gomes, na rua Duque de Caxias, depois Escola Técnica Ernesto Dornelles, muitos porto-alegrenses, talvez a maioria, não aceita o que está acontecendo nas escolas nos dias atuais, sejam públicas ou privadas, que é a indisciplina quase generalizada. Suspiros de pais e avós saudosos dos tempos em que os alunos se levantavam quando o professor entrava na sala, silêncio quase absoluto, e onde o mestre sempre era visto como alguém mais experiente, mais culto, educado e, obviamente, mais idoso. E esses eram predicados e pressupostos valorizadíssimos, então.
Todavia estamos convivendo hoje com a geração que se criou vendo desenhos onde predomina a violência e também aquelas crianças que foram cuidadas não apenas pela tevê, a “babá eletrônica”, mas diante dos computadores. São mesmo uma maravilha tecnológica inigualável e que mudaram as comunicações e as relações pessoais e coletivas. As crianças e os jovens de agora viverão em um mundo que nós, os mais velhos, jamais conheceremos, apenas podemos imaginá-lo a partir dos avanços tecnológicos espetaculares dos últimos cinco ou 10 anos, talvez até menos.
Porém há instrumentos que também são alienantes, deseducadores da língua e propagam a superficialidade dos contatos, além de permitirem um anonimato que esconde os piores instintos. Elevar a inteligência sem torná-la pernóstica é o conselho dado aos que querem chegar ao poder e serem lembrados pelas gerações futuras. Temos uma porção de frases rebuscadas para explicar o que está ocorrendo. São palavras e frases repetitivas, modismos vocabulares que não explicam a má educação que temos em muitos colégios. Uma das mais usadas é que precisamos lançar “um novo olhar” sobre a educação.
O que é isso? Amores e virtudes são os elementos e princípios basilares das famílias e nações. Isso é o que está faltando. A criança e o adolescente que não têm limites impostos se julgam desamados. Acabam se desajustando e pagando um alto preço quando se tornam inconvenientes junto aos colegas, aos amigos e nos empregos. Saem perdendo, é inexorável. A escola prepara futuros profissionais, aplicando, igualmente, um verniz de formação social. Escola e formação familiar são complementares, não excludentes. Os moços estouvados ainda são menos incômodos do que os idosos imprudentes ou que praticam o relativismo moral, como acontece, lastimavelmente, com alguns políticos no Brasil.
Dois colégios têm história em Porto Alegre, não apenas os seus prédios, ainda que construídos nas décadas de 1920 e 1940, respectivamente o Instituto Porto Alegre (IPA) e o Colégio Americano. Ambos formaram e continuam formando gerações de alunos e alunas orientados para a vida, para a família e, para quem quiser seguir, também para a religião. Por um descuido, quase foi a leilão o prédio do Colégio Americano. Hoje, ambos têm faculdades e fazem parte da história e da paisagem da Capital. Por isso, pelo histórico do ensino privado e também público, com o Júlio de Castilhos, o Instituto de Educação, o Protásio Alves e o antigo Fernando Gomes, na rua Duque de Caxias, depois Escola Técnica Ernesto Dornelles, muitos porto-alegrenses, talvez a maioria, não aceita o que está acontecendo nas escolas nos dias atuais, sejam públicas ou privadas, que é a indisciplina quase generalizada. Suspiros de pais e avós saudosos dos tempos em que os alunos se levantavam quando o professor entrava na sala, silêncio quase absoluto, e onde o mestre sempre era visto como alguém mais experiente, mais culto, educado e, obviamente, mais idoso. E esses eram predicados e pressupostos valorizadíssimos, então.
Todavia estamos convivendo hoje com a geração que se criou vendo desenhos onde predomina a violência e também aquelas crianças que foram cuidadas não apenas pela tevê, a “babá eletrônica”, mas diante dos computadores. São mesmo uma maravilha tecnológica inigualável e que mudaram as comunicações e as relações pessoais e coletivas. As crianças e os jovens de agora viverão em um mundo que nós, os mais velhos, jamais conheceremos, apenas podemos imaginá-lo a partir dos avanços tecnológicos espetaculares dos últimos cinco ou 10 anos, talvez até menos.
Porém há instrumentos que também são alienantes, deseducadores da língua e propagam a superficialidade dos contatos, além de permitirem um anonimato que esconde os piores instintos. Elevar a inteligência sem torná-la pernóstica é o conselho dado aos que querem chegar ao poder e serem lembrados pelas gerações futuras. Temos uma porção de frases rebuscadas para explicar o que está ocorrendo. São palavras e frases repetitivas, modismos vocabulares que não explicam a má educação que temos em muitos colégios. Uma das mais usadas é que precisamos lançar “um novo olhar” sobre a educação.
O que é isso? Amores e virtudes são os elementos e princípios basilares das famílias e nações. Isso é o que está faltando. A criança e o adolescente que não têm limites impostos se julgam desamados. Acabam se desajustando e pagando um alto preço quando se tornam inconvenientes junto aos colegas, aos amigos e nos empregos. Saem perdendo, é inexorável. A escola prepara futuros profissionais, aplicando, igualmente, um verniz de formação social. Escola e formação familiar são complementares, não excludentes. Os moços estouvados ainda são menos incômodos do que os idosos imprudentes ou que praticam o relativismo moral, como acontece, lastimavelmente, com alguns políticos no Brasil.
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