EDITORIAIS
Começam a se tornar rotineiros em Porto Alegre os assaltos a estudantes de escolas privadas, com os quais os delinquentes sabem que terão mais chance de encontrar aparelhos eletrônicos como celulares, tablets e computadores pessoais. A tendência, cada vez mais disseminada, exige uma estratégia especial da parte de organismos de segurança que, em conjunto com representantes das comunidades escolares e da sociedade, precisam encontrar saídas eficazes. Criminalidade não combina com ensino e, além de prejuízos materiais, os criminosos vêm provocando traumas em muitos alunos, que, algumas vezes, têm seu processo de aprendizagem prejudicado.
Desde que os casos de roubos a estudantes se intensificaram, dentro e nas proximidades das escolas, os organismos de segurança têm sido cobrados a agir com mais rigor, particularmente por parte de dirigentes de instituições de ensino. A resposta nos meios oficiais é a mesma fornecida a instituições públicas, nas quais os alunos também são vítimas frequentes de assaltos e ainda convivem com um cotidiano de constante depredação no ambiente escolar, com furto de ingredientes da merenda e até de material didático: não há como colocar um brigadiano em cada estabelecimento.
Se faltam policiais, é óbvio que os responsáveis pela segurança pública têm o dever de encontrar saídas eficazes, que contribuam realmente para reduzir a sensação de insegurança e o número de ocorrências. Os estabelecimentos de ensino precisam também fazer sua parte, investindo mais em mecanismos de segurança no interior das instituições e nos arredores.
O inadmissível é que seres humanos ainda em fase de formação psicológica se tornem reféns constantes do medo e vítimas preferenciais de desajustados. Os brasileiros, incluindo os gaúchos, já enfrentam problemas demais na área educacional para se conformarem com mais este.
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