
12 de novembro de 2012 | N° 17251
EDUCAÇÃO
Um município de 13 mil habitantes no Triângulo Mineiro chama a atenção por liderar o ranking nacional para o 9º ano do Ensino Fundamental de rede municipal, no último Ideb. A cidade de Nova Ponte é exemplo em um país onde a educação se arrasta, especialmente a pública.
Ao atingir 6,8 na avaliação, superou em 84% a meta estipulada pelo MEC e dobrou em relação à nota 3,2, obtida dois anos antes. Satisfeita com o resultado, a secretária de Educação Maria Regina Silva sabe que o êxito é consequência de uma revolução no ensino, grandiosa, mas não muito complicada.
A receita reúne ideias inovadoras, mas grande parte do sucesso vem de medidas simples como a prática do reforço escolar no contraturno ou 20 minutos antes e depois das aulas. Além disso, professores podem contar com uma gratificação de R$ 200 no término do mês. O merecimento é medido por meio de avaliações pedagógicas e administrativas da escola juntamente com o parecer do educador.
Conforme a necessidade das turmas, até dois professores podem lecionar a mesma disciplina em classe. E nesse pacote, que ainda inclui programas de incentivo à leitura e ensino de matemática, também está o estímulo para que pais participem do processo de aprendizagem dos filhos.
– No início deste ano, trouxemos o projeto Família na Escola, no qual todos os professores visitaram as casas dos alunos para saber dos pais o que esperavam da escola, quais eram suas propostas, os interesses e as dificuldades presentes na família – explica a secretária.
Divididos em duas turmas, 70 alunos frequentam o 9º ano da Escola Municipal de Ensino Fundamental São Miguel – a 15ª colocada no ranking nacional para os anos finais do Fundamental, entre públicas e privadas. Este salto mais do que satisfatório é a prova, da qual a comunidade escolar de Nova Ponte pode se orgulhar: seus estudantes estão adiantados no processo que visa a aprimorar a Educação Básica no Brasil.
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