Este blog mostrará as deficiências, o sucateamento, o descaso, a indisciplina, a ausência de autoridade, os baixos salários, o bullying, a insegurança e a violência que contaminam o ensino, a educação, a cultura, o civismo, a cidadania, a formação, a profissionalização e o futuro do jovem brasileiro.
EDUCAÇÃO MULTIDISCIPLINAR
Defendemos uma política educacional multidisciplinar integrando os conhecimentos científico, artístico, desportivo e técnico-profissional, capaz de identificar habilidade, talento, potencial e vocação. A Educação é uma bússola que orienta o caminho, minimiza dúvidas, reduz preocupações e fortalece a capacidade de conquistar oportunidades e autonomia, exercer cidadania e civismo e propiciar convivência social com qualidade, dignidade e segurança. O sucesso depende da autoridade da direção, do valor dado ao professor, do comprometimento da comunidade escolar e das condições oferecidas pelos gestores.
sábado, 10 de novembro de 2012
ATRASO DE RECURSOS AFETA GESTÃO DE ESCOLAS NO RS
ZERO HORA 10 de novembro de 2012 | N° 17249
MELHORIAS COMPROMETIDAS. Atraso de recursos afeta gestão de escolas estaduais
Governo retarda liberação de verba de manutenção a 2.572 instituições pelo segundo mês seguidoO efeito cascata provocado pelo atraso no repasse mensal de verba estadual às escolas do Estado tem prejudicado a gestão dos diretores escolares. Pelo segundo mês consecutivo, o governo estadual não consegue liberar os R$ 5,8 milhões às 2.572 instituições, referentes a parcela de autonomia. A promessa de que desta vez, assim como na anterior, o pagamento será efetivado com menos de duas semanas de atraso deve ser cumprida na próxima semana.
Escolas estaduais como a Três de Outubro, assentada sobre um prédio de 1927 na zona sul da Capital, têm encontrado dificuldades de realizar a manutenção de portas, janelas e ventiladores, pois o dinheiro para esse fim, quando chega à escola com atraso, acaba sendo utilizado no pagamento de contas e outros consertos.
–Temos deixado de fazer melhorias como consertar ventiladores, trocar lâmpadas ou resolver imprevistos – diz a professora Rochele Marques Rodriguez.
Falta dinheiro para conserto de torneiras e lâmpadas
Os 545 alunos que frequentam a escola serão obrigados a suportar dias quentes, como ontem, sem paliativos para o calor. Contatadas pela reportagem de Zero Hora, pelo menos outras cinco escolas de Porto Alegre sobrevivem com o mesmo problema. Para conseguirem entrar o mês sem dívidas, são obrigadas a economizar verbas repassadas pelo governo federal, via projetos como o Mais Educação e o Planejamento de Desenvolvimento da Escola, para poderem investir em material de limpeza e escritório.
– Estamos acostumados aos males provocados pelos governos, vivemos preocupados com o amanhã. Todo diretor precisa de uma reserva técnica. Falta dinheiro para consertar torneiras e trocar lâmpadas. Sempre precisamos priorizar uma área em detrimento de outra. É administrar a pobreza – conclui Adílson La Rosa, diretor da Escola Estadual Custódio de Mello, na Capital.
A dependência da parcela, por mérito dos administradores, consegue ser driblada por meio de malabarismos financeiros. A promessa de que o Estado irá cumprir com suas obrigações até segunda-feira anima os diretores, mas não parece resolver o problema.
– Ainda dependemos de outras fontes de recurso para sanar nossas dificuldades – lamenta Rochele.
Promessa de reajuste
As dificuldades impostas pelo atraso da parcela de autonomia aos gestores das escolas estaduais, para o secretário estadual da Educação, Jose Clovis de Azevedo, dão-se em virtude de problemas no fluxo de caixa da Secretaria da Fazenda, responsável por administrar os recursos do Rio Grande do Sul.
– Nós dependemos da Fazenda, que faz a gestão das finanças e do fluxo de caixa estadual. Então, é uma questão técnico-financeira, que transcende a Secretaria da Educação – diz Azevedo.
O secretário reconhece que o atraso provoca transtornos nos caixas das escolas, mas não acredita que provoque crise em nenhum estabelecimento.
– Claro que cria alguma dificuldade, porque há um planejamento para o pagamento de fornecedores em determinado dia, mas tudo isso é repactuado e replanejado. Não significa nenhuma crise – afirma.
Azevedo afirmou que haverá, a partir de janeiro, um reajuste de 10% no montante destinado às escolas estaduais e de 30% no previsto para as escolas técnicas.
O secretário da Fazenda, Odir Alberto Pinheiro Tonollier, confirmou à colunista de ZH Rosane de Oliveira que o pagamento deve ser efetuado na próxima semana. Tanto Tonollier quanto Azevedo não descartaram a possibilidade de novos atrasos.
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O desgoverno do Governador Tarso Lento é brincadeira, né? Os recursos em atraso são de MANUTENÇÃO! Imagina-se então quando serão liberados recursos para INVESTIMENTO...
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