Este blog mostrará as deficiências, o sucateamento, o descaso, a indisciplina, a ausência de autoridade, os baixos salários, o bullying, a insegurança e a violência que contaminam o ensino, a educação, a cultura, o civismo, a cidadania, a formação, a profissionalização e o futuro do jovem brasileiro.
EDUCAÇÃO MULTIDISCIPLINAR
Defendemos uma política educacional multidisciplinar integrando os conhecimentos científico, artístico, desportivo e técnico-profissional, capaz de identificar habilidade, talento, potencial e vocação. A Educação é uma bússola que orienta o caminho, minimiza dúvidas, reduz preocupações e fortalece a capacidade de conquistar oportunidades e autonomia, exercer cidadania e civismo e propiciar convivência social com qualidade, dignidade e segurança. O sucesso depende da autoridade da direção, do valor dado ao professor, do comprometimento da comunidade escolar e das condições oferecidas pelos gestores.
segunda-feira, 12 de novembro de 2012
A SEXTA PERGUNTA
ZERO HORA 12 de novembro de 2012 | N° 17251
EDITORIAIS
A sexta e última questão da campanha institucional A Educação Precisa de Respostas, do Grupo RBS – “Por que a maioria dos alunos matriculados no último ano do Ensino Fundamental não aprende o mínimo considerado adequado?” – tem muito a ver com as dificuldades enfrentadas posteriormente no Ensino Médio. Os resultados mais recentes do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) demonstram que, nos primeiros nove anos de aprendizado, o país vem superando as metas do Ministério da Educação (MEC). Ainda assim, as falhas de quem chega a esse estágio são tantas, que a continuidade do ensino, muitas vezes, fica irremediavelmente prejudicada. A alternativa vai depender da capacidade da sociedade de encontrar uma resposta à altura para esta indagação da campanha por mais qualidade no ensino.
É preocupante e ao mesmo tempo inaceitável que, como demonstram as avaliações oficiais, um percentual tão expressivo de alunos chegue ao final da primeira etapa de ensino, equivalente ao antigo ginásio, sem dominar questões elementares de português e matemática no dia a dia. Como é possível imaginar que um estudante alcance o Ensino Médio sem conseguir resolver problemas com números inteiros e racionais? Ou, então, sem condições de identificar os elementos que constroem a narrativa de um texto, por exemplo? Um ponto de partida importante para a resposta pode estar numa simples constatação: de maneira geral, há avanços nas séries iniciais, que infelizmente não se repetem nas demais. Entre as tentativas de explicação, portanto, estará sempre a dificuldade de motivar os alunos e de mantê-los interessados pelos conteúdos ministrados.
Independentemente de origem ou condição social, a maioria das crianças e adolescentes demonstra hoje mais interesse por smartphones do que por livros e, diante de uma dúvida, costuma consultar mais sites de busca na internet do que o próprio professor. Por melhor preparado que seja o educador, como motivar uma geração impactada pelos avanços tecnológicos a absorver conteúdos nem sempre interessantes com base em cadernos, enciclopédias em papel, informações rabiscadas a giz no quadro-negro? E isso sem falar em grande parte do conteúdo, que, apesar das aceleradas transformações, pouco difere do apreendido por gerações anteriores à revolução digital.
A adequação do aprendizado à série cursada no Ensino Fundamental é um desafio que o país não tem como adiar, pois se constitui num pressuposto para a melhoria da qualidade da educação. Essa missão depende de determinação por parte do poder público, que só será bem-sucedido se puder contar com uma colaboração decisiva dos pais e, obviamente, dos educadores.
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