Este blog mostrará as deficiências, o sucateamento, o descaso, a indisciplina, a ausência de autoridade, os baixos salários, o bullying, a insegurança e a violência que contaminam o ensino, a educação, a cultura, o civismo, a cidadania, a formação, a profissionalização e o futuro do jovem brasileiro.
EDUCAÇÃO MULTIDISCIPLINAR
Defendemos uma política educacional multidisciplinar integrando os conhecimentos científico, artístico, desportivo e técnico-profissional, capaz de identificar habilidade, talento, potencial e vocação. A Educação é uma bússola que orienta o caminho, minimiza dúvidas, reduz preocupações e fortalece a capacidade de conquistar oportunidades e autonomia, exercer cidadania e civismo e propiciar convivência social com qualidade, dignidade e segurança. O sucesso depende da autoridade da direção, do valor dado ao professor, do comprometimento da comunidade escolar e das condições oferecidas pelos gestores.
sábado, 10 de novembro de 2012
INDIGNAÇÃO DE AVESTRUZ
ZERO HORA 10 de novembro de 2012 | N° 17249
EDITORIAIS
Não há como não estranhar a atitude do secretário da Fazenda do Estado, Odir Tonolier, que cancelou entrevista agendada com a Rádio Gaúcha num alegado protesto pela divulgação por Zero Hora de informações incômodas para o governo. Depois de ouvir a secretária adjunta da Educação, Maria Eulalia Nascimento, Zero Hora divulgou na edição de ontem que o governo atrasara pelo segundo mês consecutivo o pagamento às escolas estaduais da parcela de autonomia financeira, recurso utilizado pelos diretores para cobrir despesas de rotina. No mesmo espaço, há um comentário sobre as dificuldades financeiras do governo e sobre a previsão de déficit para este ano.
O senhor Tonolier, na condição de titular da pasta encarregada da gestão das finanças estaduais, tinha – e tem – todo o direito de questionar a notícia, de desmenti-la ou de prestar os esclarecimentos que julgar necessários a respeito dela. Só não parece adequado que se esconda como um avestruz, recusando-se a prestar contas aos cidadãos. Ao boicotar a própria entrevista, alegando indignação, ele mostra não apenas desconhecimento em relação ao funcionamento da imprensa independente, como também desconsideração com os contribuintes.
Se um déficit estimado entre R$ 1 bilhão e R$ 1,5 bilhão é visto como normal pelo secretário da Fazenda, ele bem poderia ter a gentileza de justificar isso perante os cidadãos que pagam elevados tributos e não recebem do poder público serviços compatíveis com as suas necessidades. Ou o secretário imaginava que seria chamado para uma entrevista apenas para comentar os aspectos positivos do governo? Estes, evidentemente, também merecem ser destacados – e o senhor Tonolier perdeu uma excelente oportunidade para fazê-lo, por conta de sua súbita indignação.
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