EDUCAÇÃO MULTIDISCIPLINAR

Defendemos uma política educacional multidisciplinar integrando os conhecimentos científico, artístico, desportivo e técnico-profissional, capaz de identificar habilidade, talento, potencial e vocação. A Educação é uma bússola que orienta o caminho, minimiza dúvidas, reduz preocupações e fortalece a capacidade de conquistar oportunidades e autonomia, exercer cidadania e civismo e propiciar convivência social com qualidade, dignidade e segurança. O sucesso depende da autoridade da direção, do valor dado ao professor, do comprometimento da comunidade escolar e das condições oferecidas pelos gestores.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

PISO SALARIAL SÓ NA PROMESSA

Edgar Lisboa. Repórter Brasília - JORNAL DO COMERCIO, 07/02/2012


O governo do Rio Grande do Sul lançou um concurso público para contratar 10 mil professores. O problema é que o edital especifica que os salários para a jornada de 20 horas variam de R$ 395,54 a R$ 1.186,62. Apesar de a maior gratificação ser quase o dobro do piso atual (R$ 1.187,00 com jornada de 40 horas semanais), a menor é pouco maior que o salário-mínimo (R$ 2,83 por hora contra R$ 3,90) e muito abaixo do piso nacional (R$ 791,00,dois terços do piso). O Rio Grande do Sul é o segundo estado que menos paga ao professor. O piso gaúcho, de R$ 791,00, só não é menor que o de Minas Gerais (R$ 616).

Incoerência do governo

“É mais uma incoerência do governo. Na época que era o ministro da Educação, o governador Tarso Genro (PT) apoiou o piso. Depois fez a campanha prometendo que ia pagar e acabou não pagando. Esse vai ser um dos calcanhares de Aquiles desse governo”, disse o deputado federal Onyx Lorenzoni, do DEM. Segundo Onyx, o governo gaúcho, por ser próximo do governo federal, teria condições de pagar o piso. Do outro lado, o deputado federal Ronaldo Zülke (PT) disse que o governo gaúcho prometeu um reajuste de 23%, dividido em três parcelas, para os professores e que a proposta provavelmente será aceita. Mesmo assim, Zülke considerou os salários baixos. “É evidente que os professores devem ser melhor remunerados. Mas isso tem que estar em sintonia com a capacidade financeira de cada estado.”

O drama de ser professor

A verdade é que num passado não muito distante, ser professor neste País era uma grande honra. Hoje a situação é bem diferente. Caso um professor precise de crédito, no comércio ou num banco, por exemplo, o melhor é omitir a profissão senão está sujeito a não ter o crédito aprovado. Além disso, em passado não muito distante, os pais induziam as filhas, principalmente, em casa, a ser professoras, motivo de orgulho para a família. Hoje, contudo, nenhuma criança quer ser professora e muito menos os pais tentam induzi-la a isso. É por isso que o ensino está o desastre que vemos todos os dias.

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