EDUCAÇÃO MULTIDISCIPLINAR

Defendemos uma política educacional multidisciplinar integrando os conhecimentos científico, artístico, desportivo e técnico-profissional, capaz de identificar habilidade, talento, potencial e vocação. A Educação é uma bússola que orienta o caminho, minimiza dúvidas, reduz preocupações e fortalece a capacidade de conquistar oportunidades e autonomia, exercer cidadania e civismo e propiciar convivência social com qualidade, dignidade e segurança. O sucesso depende da autoridade da direção, do valor dado ao professor, do comprometimento da comunidade escolar e das condições oferecidas pelos gestores.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

CRESCIMENTO PROFISSIONAL

Jovem troca salário alto por crescimento profissional. Pesquisa realizada em maio mostra uma mudança no perfil do emprego dos sonhos de quem está iniciando a carreira: em 2008, os entrevistados preferiam ganhar mais; agora, o destaque é para o desenvolvimento - MARCOS BURGHI, Folha da Tarde, 29/08/2009

Os jovens profissionais preferem começar a carreira em empresas nas quais vislumbrem crescimento profissional em detrimento do melhor salário. Trata-se de uma mudança de opinião provocada pela crise econômica que desembarcou no Brasil em setembro passado e constatada em pesquisa da Companhia de Talentos, consultoria em recrutamento e seleção com 19 anos de atuação na América Latina.

Danilca Galdini, gerente de Projetos da empresa, afirma que nas outras sete edições brasileiras da pesquisa, feita desde 2002, a preferência pelo crescimento profissional apareceu, mas a mudança registrada em 2009 se deu por conta das turbulências econômicas. Ela explica que, em 2008, os entrevistados apontaram o melhor salário como a principal razão para a escolha de uma empresa para iniciar a carreira. “A referência deles estava em 2007, quando a economia teve um desempenho excelente”, afirma.

A gerente da Companhia de Talentos observa que no levantamento deste ano, realizado em maio, pela internet, com cerca de 30 mil universitários e recém-formados de todo o País, as respostas foram dadas com os efeitos da crise ainda frescos na memória dos entrevistados. “Diante das dificuldades no mercado de trabalho e das quedas na produção muitos perceberam que era mais importante ter como ganhar do que quanto iriam ganhar”, avalia.

Na avaliação de Danilca Galdini, os profissionais iniciantes que buscam postos em grande empresa devem cuidar da formação intelectual e profissional, mas precisam dedicar atenção especial à maturidade. Segundo ela é fundamental que os novatos saibam lidar com as diversas situações do cotidiano, tomar decisões rápidas quando for necessário e até a forma mais correta de lidar com superiores e companheiros de equipe.

Luiz Jurandir Simões, professor da Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (Fipecafi), acredita que os jovens profissionais perceberam que é melhor um salário mais modesto para uma atividade em que o desgaste seja menor no início e ambos evoluam no decorrer do tempo que uma condição financeira melhor logo de saída proporcional a uma cobrança de resultados que prejudique a vida pessoal. “Descobriram que os ganhos a longo prazo podem ser mais vantajosos”, avalia.

Ana Cristina França, coordenadora do Programa de Gestão de Pessoas da da Fundação Instituto de Administração (Progep-Fia), afirma que para iniciar a carreira em empresas de grande porte é preciso que o candidato conheça tecnologia, idiomas e domine os fundamentos da atividade que exerce.

Foco em resultados

De acordo com a professora também é importante pensar em resultados de curto prazo, além de contar com uma boa rede de relacionamentos, chamada de networking, a fim de atrair colegas com potencial para a companhia.

Entre as empresas preferidas para iniciar a carreira, segundo a pesquisa, está a Nestlé, companhia em que Eduardo Lemos, 25 anos, formado em marketing, entrou como estagiário em em 2006 e dois anos depois foi aprovado para o programa de trainees. “Decidi que a primeira tentativa seria na Nestlé e me concentrei no objetivo de ser aprovado”, conta. Lemos afirma que preferiu a multinacional suíça por estar de acordo com os valores da empresa. Ele avalia que sua aprovação para trainee se deu em virtude da participação demonstrada nas atividades e da vontade de aprimorar o conhecimento dentro e fora de sua área de atuação.

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