EDUCAÇÃO MULTIDISCIPLINAR

Defendemos uma política educacional multidisciplinar integrando os conhecimentos científico, artístico, desportivo e técnico-profissional, capaz de identificar habilidade, talento, potencial e vocação. A Educação é uma bússola que orienta o caminho, minimiza dúvidas, reduz preocupações e fortalece a capacidade de conquistar oportunidades e autonomia, exercer cidadania e civismo e propiciar convivência social com qualidade, dignidade e segurança. O sucesso depende da autoridade da direção, do valor dado ao professor, do comprometimento da comunidade escolar e das condições oferecidas pelos gestores.

domingo, 12 de dezembro de 2010

ALÉM DO VOTO DIRETO - A PROFICIÊNCIA ESCOLAR


PÁGINA 10 | ROSANE DE OLIVEIRA - Além do voto direto - Zero Hora, 12/12/2010

Vieram da área da educação as piores notícias da semana. Primeiro, a confirmação de que o Brasil é um dos últimos no Pisa, o teste internacional que mede a proficiência de alunos na faixa dos 15 anos em leitura, ciências e matemática. Ficamos em 54º lugar num ranking de 65 países, liderado pela China. Os alunos brasileiros atingiram 401 pontos. Os do lanterna Quirguistão, 325. A segunda má notícia veio de um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, o Ipea, mostrando que o Brasil ainda tem 14 milhões de analfabetos com 15 anos ou mais. Outros tantos podem ser enquadrados na categoria analfabetos funcionais, porque não têm condições de interpretar um texto ou realizar operações básicas de matemática.

Diante dos números negativos, entraram em cena os especialistas para tentar apontar caminhos, enquanto representantes do governo tentavam convencer o país de que a situação está melhorando e que, pelo menos, hoje temos sistemas de avaliação que permitem saber se os alunos estão aprendendo ou não.

No meio de tantas teses, diagnósticos e prognósticos, o professor Mozart Neves, coordenador do Movimento Todos pela Educação, tocou em um tema que não pode ser ignorado quando se trata de discutir o futuro da escola: os critérios para a escolha dos diretores.

Mozart Neves condenou a indicação de diretores por critérios políticos, mas também foi duro com o método de escolha pelo voto direto no Rio Grande do Sul, definida pela Lei da Gestão Democrática. Não que o professor seja contra a eleição direta. Ele é a favor, mas sustenta que só o voto já não basta. Que o professor, para ser candidato a diretor, deveria estudar para isso, mostrar que entende de gestão, e não apenas fazer campanha tentando conquistar a simpatia de alunos, professores e funcionários da escola.

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