ZERO HORA 24 de fevereiro de 2014 | N° 17714
ARTIGOS
por Joaquim Clotet*
O início da vida universitária ou do exercício de uma profissão comporta, entre outros fatores, o redescobrimento de si próprio. Habilidades e talentos estão presentes em todas as pessoas, porém de modo diverso em qualidade, quantidade e, às vezes, até ocultos. A companhia Gallup realizou a pesquisa Clifton Strengths Finder com uma amostra de 1,7 milhão de pessoas para examinar a relevância do redescobrimento das habilidades e competências que caracterizam e de certo modo definem cada sujeito. Ficou comprovado que o conhecimento de si próprio ou a recuperação dos talentos constitui um passo firme para o sucesso acadêmico, econômico e profissional.
O redescobrimento em questão resulta impossível aos robôs autônomos criados recentemente na Universidade de Harvard. Trata-se de máquinas eficientes para a construção de prédios complexos. Esses gigantes da técnica operam de acordo com uma programação alheia previamente estabelecida.
Mark Zuckerberg, fundador do Facebook com outros três colegas universitários e hoje presidente da empresa, que recentemente anunciou a compra de WhatsApp, desenvolve de modo certo as próprias competências. Do mesmo modo, os engenheiros e arquitetos da Companhia Network Rail idearam e levaram a cabo a construção da maior ponte solar do mundo, que facilitou a entrada à estação Blackfriars. É, sem dúvida, um verdadeiro ícone da ecologia londrina, fruto do preparo dos seus inspirados construtores.
Os futuros e bem-sucedidos cientistas e profissionais já estão em nossa sociedade. Precisam, porém, estar cientes das suas capacidades e limitações. Assim, como afirma Mary McAleese, presidente da Comissão sobre a Modernização do Ensino Superior da União Europeia, a educação nutre os talentos e o potencial das pessoas com conhecimentos de vanguarda e capacidades flexíveis, alicerçadas em valores compartilhados, para a própria realização e para o crescimento econômico, social e solidário. Em se tratando da solidariedade e do voluntariado, que frequentemente a acompanha, cabe dizer que são valores imprescindíveis, nesse caso, de forma paradoxal, tanto em nossa sociedade de ecossistemas de informação, quanto na sociedade marginalizada. Conquistar o reconhecimento individual e coletivo dessa sensibilidade social, que existe exuberante em alguns e latente em outros, é uma meta a ser perseguida por acadêmicos, profissionais e demais integrantes da nossa sociedade globalizada. O rumo é exigente, mas não menos desafiador, instigante e esperançoso.
*REITOR DA PUCRS
ARTIGOS
por Joaquim Clotet*
O início da vida universitária ou do exercício de uma profissão comporta, entre outros fatores, o redescobrimento de si próprio. Habilidades e talentos estão presentes em todas as pessoas, porém de modo diverso em qualidade, quantidade e, às vezes, até ocultos. A companhia Gallup realizou a pesquisa Clifton Strengths Finder com uma amostra de 1,7 milhão de pessoas para examinar a relevância do redescobrimento das habilidades e competências que caracterizam e de certo modo definem cada sujeito. Ficou comprovado que o conhecimento de si próprio ou a recuperação dos talentos constitui um passo firme para o sucesso acadêmico, econômico e profissional.
O redescobrimento em questão resulta impossível aos robôs autônomos criados recentemente na Universidade de Harvard. Trata-se de máquinas eficientes para a construção de prédios complexos. Esses gigantes da técnica operam de acordo com uma programação alheia previamente estabelecida.
Mark Zuckerberg, fundador do Facebook com outros três colegas universitários e hoje presidente da empresa, que recentemente anunciou a compra de WhatsApp, desenvolve de modo certo as próprias competências. Do mesmo modo, os engenheiros e arquitetos da Companhia Network Rail idearam e levaram a cabo a construção da maior ponte solar do mundo, que facilitou a entrada à estação Blackfriars. É, sem dúvida, um verdadeiro ícone da ecologia londrina, fruto do preparo dos seus inspirados construtores.
Os futuros e bem-sucedidos cientistas e profissionais já estão em nossa sociedade. Precisam, porém, estar cientes das suas capacidades e limitações. Assim, como afirma Mary McAleese, presidente da Comissão sobre a Modernização do Ensino Superior da União Europeia, a educação nutre os talentos e o potencial das pessoas com conhecimentos de vanguarda e capacidades flexíveis, alicerçadas em valores compartilhados, para a própria realização e para o crescimento econômico, social e solidário. Em se tratando da solidariedade e do voluntariado, que frequentemente a acompanha, cabe dizer que são valores imprescindíveis, nesse caso, de forma paradoxal, tanto em nossa sociedade de ecossistemas de informação, quanto na sociedade marginalizada. Conquistar o reconhecimento individual e coletivo dessa sensibilidade social, que existe exuberante em alguns e latente em outros, é uma meta a ser perseguida por acadêmicos, profissionais e demais integrantes da nossa sociedade globalizada. O rumo é exigente, mas não menos desafiador, instigante e esperançoso.
*REITOR DA PUCRS
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