MP vai investigar dança sensual com alunos e professores dentro de escola. Na quadra da instituição, no interior de SP, meninas rebolam para os garotos e até as docentes participam
04 de fevereiro de 2014 | 16h 23
Rene Moreira - Especial para O Estado
SERRA AZUL - Um vídeo com dança sensual gravado na Escola Estadual Serra Azul, no interior de São Paulo, é objeto de investigação por parte do Conselho Tutelar, que também acionou o Ministério Público. Nas filmagens, divulgadas por uma aluna nas redes sociais, as meninas rebolam para os garotos que retribuem com movimentos eróticos. As professoras observam tudo e algumas até entram na brincadeira.
Reprodução
Vídeo da dança foi divulgado pelos alunos nesta semana
Tudo teria ocorrido em outubro do ano passado, mas as imagens foram divulgadas nesta semana pelos alunos. A brincadeira aconteceu na quadra da escola durante uma gincana que tinha um professor como animador. O vídeo, que após a polêmica foi retirado da internet, tem 6 minutos e começa com um garoto fazendo danças eróticas e retirando a camisa em um streap-tease.
Em seguida o adolescente puxa uma colega para o meio da quadra onde ela dança de saia curta usando uma cadeira como acessório. Sob gritos de colegas, aplausos e olhares animados até mesmo de professores, a brincadeira continua, a ponto de algumas docentes serem puxadas para participar das exibições.
Na Escola Estadual Serra Azul, ninguém quis comentar nada a respeito. Mas a Secretaria Estadual da Educação informou que o caso já está sendo apurado pela Direção Regional de Ensino, a quem caberá ouvir os professores e a direção do colégio. O Conselho Tutelar também investiga o ocorrido. Para a conselheira Fabíola Gabriel Nunes, as imagens são constrangedoras e não condizem com o ambiente escolar. Pedro Flausino, presidente do Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescente de Serra Azul, classificou as cenas como lamentáveis. Ele defende que sejam ouvidos, principalmente, os professores que aparecem observando a gincana.
Na tarde desta terça-feira, 4, o Conselho Tutelar encerrou as apurações e encaminhou o caso para o Ministério Público. A promotora da Vara da infância e da Juventude de Cravinhos (SP), Raquel Eli Stein Matheus, que responde por Serra Azul, não quis comentar o caso por enquanto. Ela falou ao Estado que vai se inteirar melhor do que aconteceu na escola para depois se manifestar.
Opiniões. Na cidade, o assunto ganhou as ruas e nas redes sociais muita gente se manifestou. Para a moradora Karina Barbieri, o que mais causa indignação são os professores apoiando esse tipo de situação. Ela cobrou providências das autoridades e diz esperar que tudo seja apurado.
Já a aluna Kamila Martins reclamou da repercussão do caso. "Olhem para o mundo de hoje, há várias coisas muito piores que isso", disse. Ela conta que o objetivo dessa gincana seria fazer os alunos se divertirem aprendendo. "E eu digo com orgulho que aprendi várias coisas. Não é uma dança que vai incentivar os alunos a fazerem coisas erradas."
Rene Moreira - Especial para O Estado
SERRA AZUL - Um vídeo com dança sensual gravado na Escola Estadual Serra Azul, no interior de São Paulo, é objeto de investigação por parte do Conselho Tutelar, que também acionou o Ministério Público. Nas filmagens, divulgadas por uma aluna nas redes sociais, as meninas rebolam para os garotos que retribuem com movimentos eróticos. As professoras observam tudo e algumas até entram na brincadeira.
Reprodução
Vídeo da dança foi divulgado pelos alunos nesta semana
Tudo teria ocorrido em outubro do ano passado, mas as imagens foram divulgadas nesta semana pelos alunos. A brincadeira aconteceu na quadra da escola durante uma gincana que tinha um professor como animador. O vídeo, que após a polêmica foi retirado da internet, tem 6 minutos e começa com um garoto fazendo danças eróticas e retirando a camisa em um streap-tease.
Em seguida o adolescente puxa uma colega para o meio da quadra onde ela dança de saia curta usando uma cadeira como acessório. Sob gritos de colegas, aplausos e olhares animados até mesmo de professores, a brincadeira continua, a ponto de algumas docentes serem puxadas para participar das exibições.
Na Escola Estadual Serra Azul, ninguém quis comentar nada a respeito. Mas a Secretaria Estadual da Educação informou que o caso já está sendo apurado pela Direção Regional de Ensino, a quem caberá ouvir os professores e a direção do colégio. O Conselho Tutelar também investiga o ocorrido. Para a conselheira Fabíola Gabriel Nunes, as imagens são constrangedoras e não condizem com o ambiente escolar. Pedro Flausino, presidente do Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescente de Serra Azul, classificou as cenas como lamentáveis. Ele defende que sejam ouvidos, principalmente, os professores que aparecem observando a gincana.
Na tarde desta terça-feira, 4, o Conselho Tutelar encerrou as apurações e encaminhou o caso para o Ministério Público. A promotora da Vara da infância e da Juventude de Cravinhos (SP), Raquel Eli Stein Matheus, que responde por Serra Azul, não quis comentar o caso por enquanto. Ela falou ao Estado que vai se inteirar melhor do que aconteceu na escola para depois se manifestar.
Opiniões. Na cidade, o assunto ganhou as ruas e nas redes sociais muita gente se manifestou. Para a moradora Karina Barbieri, o que mais causa indignação são os professores apoiando esse tipo de situação. Ela cobrou providências das autoridades e diz esperar que tudo seja apurado.
Já a aluna Kamila Martins reclamou da repercussão do caso. "Olhem para o mundo de hoje, há várias coisas muito piores que isso", disse. Ela conta que o objetivo dessa gincana seria fazer os alunos se divertirem aprendendo. "E eu digo com orgulho que aprendi várias coisas. Não é uma dança que vai incentivar os alunos a fazerem coisas erradas."
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