EDUCAÇÃO MULTIDISCIPLINAR

Defendemos uma política educacional multidisciplinar integrando os conhecimentos científico, artístico, desportivo e técnico-profissional, capaz de identificar habilidade, talento, potencial e vocação. A Educação é uma bússola que orienta o caminho, minimiza dúvidas, reduz preocupações e fortalece a capacidade de conquistar oportunidades e autonomia, exercer cidadania e civismo e propiciar convivência social com qualidade, dignidade e segurança. O sucesso depende da autoridade da direção, do valor dado ao professor, do comprometimento da comunidade escolar e das condições oferecidas pelos gestores.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

OS MUROS DA EDUCAÇÃO NO RS


OS MUROS DA EDUCAÇÃO - EDITORIAL ZERO HORA, 04/11/2010

A resistência de líderes de partidos políticos, num primeiro momento, em indicar nomes para o cargo de secretário de Educação no futuro governo estadual tem a ver com a consciência de que o desafio nessa área é enorme e que quem quer que venha a assumi-lo corre o risco de sair desgastado, como costuma ocorrer na maioria dos casos. Ainda assim, a característica tem o mérito de chamar a atenção para a importância da missão de quem for designado para ocupar essa área. O relacionamento do poder público com o magistério é decisivo para garantir educadores motivados, com boa formação e bem remunerados, precondições para que ajudem a formar futuros profissionais com padrões de conhecimento adequados às necessidades do país.

Uma das barreiras educacionais que precisam ser enfrentadas é a do engessamento orçamentário. Dos recursos disponíveis para o ensino público, sobram apenas 8% para gastos com manutenção e compra de materiais, por exemplo. O restante é consumido integralmente com salários. E, deste total, nada menos de 56% é destinado a aposentados e pensionistas. O agravante é que, mesmo com esse volume de dispêndios, os professores têm razões para se mostrarem insatisfeitos, o que reforça a urgência na mudança de paradigmas.

Quem quer venha a assumir a Secretaria de Educação, portanto, precisará ter a coragem de derrubar os muros que vêm travando o avanço do ensino. Entraves desse tipo só servem para prejudicar a qualidade do ensino e para ampliar cada vez mais o número de professores, alunos e pais insatisfeitos.

O Rio Grande do Sul, que já se destacou pela excelência de seu ensino público, não pode abrir mão desta vantagem competitiva. Por isso, precisa agir rápido, começando de preferência pela remoção de entraves que, muitas vezes sob tentativas não assumidas de manutenção de privilégios, impedem a continuidade dos avanços.

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