EDUCAÇÃO MULTIDISCIPLINAR

Defendemos uma política educacional multidisciplinar integrando os conhecimentos científico, artístico, desportivo e técnico-profissional, capaz de identificar habilidade, talento, potencial e vocação. A Educação é uma bússola que orienta o caminho, minimiza dúvidas, reduz preocupações e fortalece a capacidade de conquistar oportunidades e autonomia, exercer cidadania e civismo e propiciar convivência social com qualidade, dignidade e segurança. O sucesso depende da autoridade da direção, do valor dado ao professor, do comprometimento da comunidade escolar e das condições oferecidas pelos gestores.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

FALTA DE PROFESSORES



ZERO HORA 17 de fevereiro de 2015 | N° 18076


EDITORIAIS



É inconcebível que, na antevéspera de mais um ano escolar, a Secretaria de Educação e o sindicato dos professores do Estado apresentem números tão divergentes em relação à carência de docentes. Repete-se o que acontece há vários anos e que não deveria mais, por uma questão de bom senso, marcar a precariedade das relações entre o Estado e o magistério. Que segurança terão os pais para mandar os filhos às escolas estaduais diante de tanta desinformação, se as autoridades e os que têm a missão de ensinar acabam proporcionando uma péssima lição a crianças e adolescentes?

A controvérsia tem, como paradoxo, a matemática como componente deseducador. Não há como aceitar como razoável, em meio a tantas discordâncias, que o setor público diga que a carência de professores é de apenas 940 servidores e que o Cpers assegure que as escolas se ressentem da falta de 10 mil docentes em sala de aula. Os desencontros se dão em torno dos números de professores afastados por aposentadoria, morte ou exoneração e mais os concursados e não nomeados, que são contabilizados ao gosto de quem pretende apresentar um déficit pequeno, de um lado, ou uma grande carência, de outro.

A cobrança do Cpers, a cada véspera de ano letivo, tem o mérito de tornar público um problema que o Estado não consegue resolver. Se o governo fosse de fato eficiente e conseguisse comprovar o que diz, a polêmica não existiria. O que se comprova anualmente com o duelo de números é que as deficiências da educação no Rio Grande do Sul começam pela precariedade da gestão e pelas posições inflexíveis dos que se acham sempre com a razão.

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