

SEGURANÇA NA PONTA DO DEDO. Além de barrar acesso de estranhos, mecanismo comunicará pais de faltas e atrasos dos estudantes - MARCELO GONZATTO, zero hora 08/12/2011
A partir de hoje, estudantes de um colégio particular de Canoas, na Região Metropolitana, vão usar o dedo para entrar na escola. A implantação de um sistema biométrico de identificação, que libera catracas de acesso ao reconhecer a impressão digital, ilustra o avanço da tecnologia de segurança nos colégios privados e a preocupação de pais e diretores com o fantasma da violência.
OColégio Espírito Santo, localizado no bairro Nossa Senhora das Graças, vai colocar em teste o sistema composto por quatro catracas com leitores ópticos conectadas. Quando um dos mais de mil alunos repousar o polegar sobre o leitor, o mecanismo vai varrer um banco de dados informatizado para conferir se uma marca idêntica está cadastrada. Só então a catraca é liberada.
Conforme a diretora, irmã Maria Sônia Müller, a medida atende a um anseio dos pais por maior segurança e controle de acesso. A tecnologia deverá servir ainda para propósitos pedagógicos. Quando um aluno acumular atrasos ou faltas, verificados pelo porteiro digital, automaticamente será disparado um e-mail para os pais. Para a mãe de dois alunos Salete Dequi Malabarba, 50 anos, o controle tecnológico é um alívio a mais:
– A gente sempre tem medo de que entre alguém que não deve. Isso nos dá uma tranquilidade maior.
A escola conta ainda com 36 câmeras de vídeo que registram a movimentação em corredores, pátio e até em metade das salas de aula – o que também ajuda a inibir brigas ou atos de vandalismo.
Pedagoga e mestre em Educação, Denise Arina Francisco recomenda bom senso no uso destas ferramentas de vigilância.
– A criança e o adolescente precisam aprender a ter um comportamento adequado, mas não só porque estão sendo monitorados. É importante deixar claro que é um compromisso ético e moral – sustenta.
Como funciona
- Nos últimos meses, professores e alunos cadastraram no sistema informatizado as suas impressões digitais;
- Para entrar na escola, o polegar será colocado sobre o leitor óptico instalado em cada catraca;
- O leitor identificará a impressão digital e irá compará-la com aquelas cadastradas previamente no banco de dados digital;
- Se a impressão digital for reconhecida, a catraca será automaticamente liberada. Se não for encontrada equivalente no sistema, a entrada permanecerá bloqueada;
- O sistema vale para alunos e funcionários da escola. Os pais devem se apresentar à recepção;
- Além do equipamento, a escola vai manter um funcionário controlando a movimentação de alunos, pais e visitantes;
- Acúmulos de atrasos ou faltas serão detectados pelo sistema, que poderá enviar e-mails aos pais alertando para o problema.
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