EDUCAÇÃO MULTIDISCIPLINAR

Defendemos uma política educacional multidisciplinar integrando os conhecimentos científico, artístico, desportivo e técnico-profissional, capaz de identificar habilidade, talento, potencial e vocação. A Educação é uma bússola que orienta o caminho, minimiza dúvidas, reduz preocupações e fortalece a capacidade de conquistar oportunidades e autonomia, exercer cidadania e civismo e propiciar convivência social com qualidade, dignidade e segurança. O sucesso depende da autoridade da direção, do valor dado ao professor, do comprometimento da comunidade escolar e das condições oferecidas pelos gestores.

segunda-feira, 17 de junho de 2013

DEFICIÊNCIA PREOCUPANTE


ZERO HORA 17 de junho de 2013 | N° 17464

EDITORIAIS

São desalentadores os dados da Secretaria Estadual da Educação (SEC) segundo os quais apenas 2,3% dos colégios estaduais gaúchos dispõem de redes sem fio de alta capacidade, capazes de permitir a operação online de todos os 22 mil tablets destinados a professores de Ensino Médio para utilização em aula. A aquisição dos equipamentos, que integra o projeto Província de São Pedro e é custeada com recursos do governo do Estado e do Ministério da Educação, é uma realização alardeada desde o ano passado pelo governo do Estado. A conexão à rede não é condição exclusiva para o uso desses aparelhos, que podem ter utilidade pedagógica mesmo se funcionarem off-line. Diretores e professores ouvidos na edição de sexta-feira de Zero Hora informam que, nesses casos, a saída é se limitar a rodar aplicativos já instalados nas máquinas. Importantes tarefas, porém, como a pesquisa na internet e a utilização de e-mails e das cada vez mais populares redes sociais, permanecem inexequíveis.

Ainda segundo a SEC, das 2.574 escolas gaúchas, apenas cerca de 60 – menos de 3% do total – são servidas por uma rede considerada adequada. Um plano para reforçar o sinal da internet sem fio em 40 estabelecimentos deve ser implantado ao longo de um ano e meio. Considere-se, porém, que ao final desse prazo os atuais equipamentos estarão a caminho da obsolescência, devendo o Estado despender somas adicionais para dotar professores e alunos de dispositivos em condições de acessar a rede com qualidade. Mais do que uma limitação à aprendizagem, porém, a notícia de que uma minoria de escolas estaduais é servida por acesso à internet indica que, em termos de infraestrutura, o Rio Grande do Sul está longe de garantir ingresso à era digital. Essa deficiência tem consequências tão ou mais sérias em matéria de produtividade, geração de emprego e renda, inovação e transparência.

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