EDUCAÇÃO MULTIDISCIPLINAR

Defendemos uma política educacional multidisciplinar integrando os conhecimentos científico, artístico, desportivo e técnico-profissional, capaz de identificar habilidade, talento, potencial e vocação. A Educação é uma bússola que orienta o caminho, minimiza dúvidas, reduz preocupações e fortalece a capacidade de conquistar oportunidades e autonomia, exercer cidadania e civismo e propiciar convivência social com qualidade, dignidade e segurança. O sucesso depende da autoridade da direção, do valor dado ao professor, do comprometimento da comunidade escolar e das condições oferecidas pelos gestores.

terça-feira, 19 de julho de 2011

CRIANÇAS DESASSISTIDAS

EDITORIAL ZERO HORA 19/07/2011

Problema crônico no país, a falta de oportunidades na área de Educação Infantil, para as crianças se familiarizarem com a escola desde cedo, deveria merecer cada vez mais atenção por parte do poder público – no caso, o municipal. A primeira questão a ser enfrentada é que, de maneira geral, nem os pais, nem os gestores municipais tendem a se dar conta da importância dessa fase inicial do aprendizado. Em consequência, essa é uma etapa de ensino que, no país, continua muito longe de ser universalizada, precisando, por isso, de respaldo por parte dos governantes.

Reportagem de Zero Hora, ontem, com base em estudo realizado nos Estados Unidos e publicado pela revista Science, conclui que, a partir de uma experiência norte-americana, ter contato desde cedo com um ambiente escolar de qualidade pode ter impactos positivos consideráveis na saúde, na qualidade de vida e no mercado de trabalho, entre outros aspectos. Um dos achados do trabalho é que a frequência a um jardim de infância tem efeitos ainda maiores nas faixas de menor renda.

De alguma forma, as constatações corroboram aspectos expostos em artigo da presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara, deputada Manuela d’Ávila, também publicado neste jornal. No texto, a parlamentar chama a atenção para a “crônica falta de vagas em creches e na Educação Infantil pública na capital gaúcha”. A situação não é muito distinta da registrada na maioria das cidades do Estado em geral, exigindo, portanto, providências múltiplas.

Se cada vez fica mais provado que o acesso a uma Educação Infantil de qualidade impacta de forma positiva o desenvolvimento dos alunos em etapas posteriores, é óbvio que o assunto precisa ser incluído entre as prioridades. A alegação mais comum para o descaso ainda é a de insuficiência de recursos financeiros. Esse, porém, é um empecilho que tende a ser removido com facilidade quando pais e administradores públicos têm consciência da importância do aprendizado nessa faixa de idade.

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