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segunda-feira, 9 de março de 2015

PAIS BRASILEIROS OPINAM SOBRE ACAMPAMENTO MILITAR PARA CRIANÇAS

G1 FANTÁSTICO Edição do dia 08/03/2015


Pais brasileiros opinam sobre acampamento militar para crianças. Fantástico recebeu pais e mães que avaliaram o treinamento linha-dura para crianças e adolescentes indisciplinados.





Na sexta-feira (6), o Fantástico recebeu pais e mães para conversar sobre uma polêmica que você acompanhou no último domingo (1º).

Na enquete feita na internet durante o Fantástico na semana passada, 86% dos telespectadores disseram que sim, que colocariam os filhos em um acampamento linha-dura, caso ele fosse muito malcriado.

Convidamos algumas famílias para tentar entender um pouco melhor esse número. A Cláudia disse que colocaria, sim, a filha dentro de um acampamento desse. Por quê?

“Sim. E hoje eu brinquei e falei: ‘eu preciso saber onde é esse acampamento para poder já colocá-la’. Eu tenho essa postura realmente rígida. Uma vez eu levei ela a uma delegacia onde eu trabalhava, eu levei ela à cela dos presos e eu falei que era a creche da polícia. Que se ela fizesse malcriação ela iria para ali, ali fica quem não obedece os pais”, conta Cláudia da Silva Tavares, analista.

A Júlia, filha da Cláudia, tem hoje 10 anos. Já o Ludimar e a Adriana não colocariam a Izabelle, de 13, em um acampamento desses. Mas eles são professores e veem situações que, para eles, só seriam resolvidas com uma tropa de choque.

“O aluno queria entrar na escola em um momento de prova e a coordenação pediu para não deixar ninguém entrar. E ele simplesmente começou a me agredir verbalmente, me xingando e socou. Ele queria socar minha cara”, lembra Adriana Santos de Oliveira, professora.

“Eu vejo que falta atitude dos pais. As crianças hoje não têm norte”, avalia o professor Ludimar Corrêa de Oliveira.

O comandante do Colégio Militar no Rio também fez sua avaliação.

“Realmente ficamos chocados com aquele tipo de terapia, se pode chamar assim. Pela submissão das crianças, aquele tipo de violência. O treinamento militar não é aquilo e nem com criança, do jeito que nós vimos ali. O treinamento militar é feito por profissionais que escolheram ser militares, treinam para a defesa do seu país e seguem as normas de treinamento militar normal”, diz o coronel Alex Costa, comandante do Colégio Militar do Rio de Janeiro.

“Eu concordo com disciplina, mas sem tortura. Não vou entregar meu filho para um acampamento para dormir três horas, lá na minha casa ele não faz isso”, diz Daniele Lopes Machado, cantora.

O João e a Daniele são pais do Gabriel e do João Vitor. “Ela não tem que estar gritando com meu filho a toda hora. Ela tem que disciplinar”, avalia o taxista João Claudio Garcia.

“Eu acho que tem violência. Um tapa da mãe em um filho ou ver uma cena dessa do filho sofrendo dói muito mais na gente do que neles”, avalia a gerente administrativa Sandra Xastre.

Os especialistas já estão cansados de falar que dor não educa. “Quando eu bato, quando eu grito, quando eu xingo, eu estou dando uma punição. Estou introduzindo dor. Com dor a gente não aprende. A gente educa com supressão de prazer. É diferente. Eu retiro um prazer. Se você não for tomar banho agora, você não vai poder ver seu desenho animado na televisão”, diz Cristina Werner, terapeuta familiar.

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