ZERO HORA 15 de maio de 2015 | N° 18163
GUILHERME JUSTINO
Enem muda para reduzir abstenções
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO anuncia novidades como aumento em taxa e punição a candidato isento que não comparecer à prova. Com período de inscrições de 25 de maio a 5 de junho, edição 2015 do exame será realizada em 24 e 25 de outubro
Maior prova do país e principal pré-requisito para ingresso na quase totalidade do Ensino Superior público, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) tem novidades em 2015. O Ministério da Educação (MEC) decidiu tomar algumas medidas para tentar evitar o alto número de abstenções – no ano passado, 28% dos 8,7 milhões de candidatos inscritos não compareceram às provas. Além do aumento na taxa de inscrição – de R$ 35 para R$ 63 –, a partir deste ano, os candidatos isentos que não realizarem a prova perderão o direito à isenção no próximo ano.
As inscrições serão abertas em 25 de maio e seguem até 5 de junho. As provas serão realizadas em 24 e 25 de outubro. Maioria no total de inscrições, os candidatos isentos da taxa são também os que mais faltam: em 2014, representaram 65% dos ausentes.
– Não vamos tolerar desperdício e descaso com a coletividade. A grande medida para inibir a falta não é aumentar a taxa, mas suspender a isenção para quem não comparecer. Queremos evitar que dinheiro público seja jogado fora – afirmou o ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro.
FALTAS GERARAM CUSTO CERCA DE R$ 125 MILHÕES EM 2014
As novidades também têm como objetivo diminuir os gastos do governo com as provas: para cada aluno inscrito, o governo estima um custo de R$ 52. Considerando a ausência de 2,4 milhões de candidatos no exame passado, o custo aos cofres públicos girou em torno de R$ 125 milhões. Neste ano, o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Francisco Soares, avalia que o custo do Enem pode ser reduzido em até 20%.
A entrega dos cartões de confirmação, antes pelos Correios, passa a ser feita somente online – o que vai gerar economia de R$ 20 milhões. Mesmo com o aumento da taxa de inscrição, que desde 2004 custava R$ 35, o ministério espera que mais de 9 milhões de pessoas se inscrevam para as provas.
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